E também porque já passou a minha depressão pós viagem. Sabe quando viajamos voltamos pra casa e pensamos em tudo o que vivemos na bendita viagem? Mas, sabemos que pode demorar um pouco (ou muito) pra você viver tudo aquilo de novo? Então, acho que só agora posso falar direitinho, sem ser dominada por algum sentimento de saudade ou culpa.
Essa viagem pra mim foi uma novidade, não somente porque fui a Londres pele primeira vez, podia ter ido pra Teófilo Otoni e teria a mesma "sensação" (acreditem!). Mas, porque eu fui sozinha, eu e Deus! E tooodas as pessoas se admiram. Vívia você viajou sozinha? Assim sem ninguém? Sem grupos, guias? Que corajem, como você tem essa corajem? Você não teve medo?
Primeiro, fui sozinha porque ninguém aqui na minha casa tem idéias loucas com a minha de decidir viajar assim do nada, tipo pá pum, to indo, tchau. Sabe? E ninguém aqui tem a minha disposição de andar muito, pesquisar muito, conversar muito com todos. Fui a trabalho pra fazer pesquisas pra VM, visitar feiras e mercados e com isso muitos já torcem o nariz.. Pode ser desencorajador pra alguns. E segundo porque eu precisava de féééérias do meu dia a dia, não sei o que é isso faz tempo. Como já sabia muita coisa de Londres, sempre gostei, estudo a cultura (assim como de várias cidades e países do mundo), então quando cheguei lá já me senti "habituada". Parecia que estava em casa. Então o total desconhecimento já estava riscado do caderno. E por fim porque sou uma pessoa de alma livre sabe? Daquelas que nada me prende? Se tenho uma idéia realizo, mesmo que possa não dar certo. Ai, Vívia mas você foi sem namorado, sem família? Nada é desculpa, quando temos pessoas que assinam as suas vontades. Meus pais nem ai, kkkkk. Por eles viajava o mundo todo. Meu namorado é a pessoa que mais me apoia no mundo, deixa eu viver a minha vida como sempre vivi e não me priva das minhas vontades. E claro, ele se orgulha por eu ser assim (sou babona!). E gente me perdoem e me julguem, mas viajar com grupos de viajem, fazer pacotes, guiiiias não é pra mim. Sabe? Gosto de liberdade, de não seguir regrinhas, gosto de descobrir por mim mesma. Gosto de ser diferente. Mas, só não abro mão de um bom hotel, bons serviços e conforto. Nada de albergues e hospedagens comunitárias. E isso não é frescura viu? Gosto de luxar nesse quesito. E isso torna tudo bem mais agradável em uma viagem.
Ah...mas foi só uma viagem internacional Vívia. Não gente! Foi o velho mundo, foi o berço da cultura, foi o berço da humanidade. Viajamos pros EUA, vamos pra Miami, Orlando, Las Vegas e tudo é lindo e maravilhoso, lá nem nos preocupamos tanto com o inglês. Mas viajar pro outro lado além de lindo e maravilhoso é surreal.
Pra iniciar com os posts de dicas:
Se você quer ir e pode ir pra algum lugar, vá. Chegando lá, ande muito. Descubra as ruas, as praças o carrinho de sorvete tradicional. Tome seu lanche sentado na calçada, no parque, observe as pessoas. Converse com quem puder, faça amigos. Conte um pouco de você para os outros. Ouça histórias, seja curioso. Viva como os locais, ande de metrô, pegue um trem, pegue um onibus, conheça uma familia. Não se prive dos luxos que seu dinheiro e seu trabalho podem lhe proporcionar. Isso é o correto! Vá em restaurantes caros, mas não deixe de ir nos baratinhos. Vá ver a exposição do Louboutin mas, não deixe de ir aos mercados de rua. Cochile de cansaço no trajeto do metrô, leia os jornais, assista tv. Não faça somente programas turistões, os faça, mas reserve mais tempo pra outras coisas. Enfim! Deixe um pouco de você lá e traga tudo com você. E volte já pensando na próxima viagem.
Pra dar fim e iniciar os posts com dicas, vou deixar um texto da Martha Medeiros que já conhecia e reli assim que cheguei de viagem e acho super bacana compartilhar aqui:
Enfrentar helicópteros, vulcões, corredeiras e tobogãs exige apenas que tenhamos um bom relacionamento com a adrenalina. Coragem, mesmo, é preciso para viajar sozinha, terminar um casamento, trocar de profissão, abandonar um país que não atende nossos anseios, dizer não para propostas lucrativas porém vampirescas, optar por um caminho diferente, confiar mais na intuição do que em estatísticas, arriscar-se a decepções para conhecer o que existe do outro lado da vida convencional. E principalmente, coragem para enfrentar a própria solidão e descobrir o quanto ela fortalece o ser humano.Martha Medeiros.
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